Universidade Federal de Ouro Preto

Escola de Medicina

Laboratório Multiusuário de Práticas Simuladas

PRÁTICAS SIMULADAS PARA OTOSCOPIA

COLESTEATOMA

O colesteatoma é uma coleção epitelial descamada e queratinizada na orelha média ou na mastoide e pode ocorrer secundariamente à perfuração da membrana timpânica, mas também pode ocorrer como uma lesão primária. Portanto, podem ser congênitos ou adquiridos, sendo este último subdividido em primários e secundários (LUSTIG e LIMB, 2021).

A origem do epitélio escamoso nos colesteatomas congênitos é motivo de debate. A teoria mais amplamente aceita sugere que restos epiteliais fetais no ouvido médio persistem após o nascimento e evoluem para cistos de inclusão escamosa (colesteatomas congênitos) por trás de uma membrana timpânica (MT) intacta. Esta teoria é apoiada pela demonstração histológica de formações epidermoides únicas ou múltiplas em ossos temporais fetais que normalmente desaparecem antes do nascimento. Teorias alternativas sugerem que o ouvido médio é semeado por células escamosas no líquido amniótico ou por pedaços da superfície externa da MT após infecção ou microperfuração (ISAACSON, 2022).

Colesteatomas adquiridos primários ocorrem mais comumente como resultado de disfunção da tuba auditiva. A exposição prolongada à pressão negativa da orelha média faz com que a membrana timpânica se retraia medialmente. Uma bolsa de retração pode eventualmente ficar presa atrás da membrana timpânica, induzindo alterações inflamatórias. Essa bolsa revestida por epitélio acumula detritos escamosos queratinizados, formando um colesteatoma. A má ventilação da orelha média resulta em resolução tardia da infecção, persistência da efusão e, finalmente, uma membrana timpânica retraída ou perfurada. Com o crescimento e proliferação do epitélio escamoso, o colesteatoma aumenta de tamanho, muitas vezes erodindo o scutum (a borda afiada do anel timpânico adjacente à cabeça do martelo). A infecção adicional com alterações inflamatórias pode levar a pólipos aurais e tecido de granulação em todo o ouvido médio e nos tratos de células aéreas da mastoide (LUSTIG e LIMB, 2021).

A perfuração da membrana timpânica pode levar a um colesteatoma adquirido secundário em uma pequena porcentagem dos casos. O epitélio escamoso pode migrar através do defeito da membrana timpânica para o espaço da orelha média, e o acúmulo de detritos escamosos resulta no colesteatoma (LUSTIG e LIMB, 2021).

Os achados otoscópicos característicos do colesteatoma incluem: Uma massa branca atrás de uma membrana timpânica intacta; Uma bolsa de retração profunda; Granulação focal na superfície da membrana timpânica especialmente na periferia. Atenção especial deve ser dada ao quadrante póstero-superior e ao quadrante ântero-superior, que são as localizações mais frequentes de colesteatomas adquiridos e congênitos, respectivamente (ISAACSON, 2022).

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