PRÁTICAS SIMULADAS PARA OTOSCOPIA
TIMPANOESCLEROSE
A timpanoesclerose é o termo usado para descrever uma alteração histológica que ocorre na mucosa da orelha média (OM) ou mastoide caracterizada por hialinização, podendo evoluir com calcificação ou ossificação. É um processo patológico caracterizado por rigidez da mucosa, atingindo especificamente, a lâmina própria (PAÇO, BRANCO, et al., 2010).
É o estágio final de um processo originado a partir de inflamação aguda, crônica ou recorrente da lâmina própria da orelha média, caracterizado por um infiltrado progressivo de fibroblastos, causando um aumento de colágeno, o que origina uma formação pobre em células e vasos sanguíneos, seguida por degeneração hialina e, em algumas ocasiões, deposições calcárias. Estas alterações podem trazer prejuízos funcionais para a unidade tímpano-ossicular, causando perda auditiva condutiva e repercutindo nas decisões cirúrgicas durante as timpanoplastias (PAÇO, BRANCO, et al., 2010).
Quando a timpanoesclerose atinge a membrana timpânica, ela pode ser diagnosticada à otoscopia, tomando um aspecto de placas brancas com extensão variável. A timpanosclerose pode ser diferentemente considerada, consoante exista ou não uma perfuração (PAÇO, BRANCO, et al., 2010).
Na sua forma mais simples, a tímpano fechado, encontramos pequenas manchas brancas isoladas, em número variável, dispersas pelo tímpano. Podem ser encontradas em todos os grupos etários, incluindo crianças, nas quais estão muitas vezes associadas à otite serosa. Pode-se encontrar placas calcárias de dimensões variáveis, únicas ou múltiplas, de forma semilunar ou mesmo reniformes. Estas placas, que podem ocupar um ou mais quadrantes, chegam em casos extremos a englobar a totalidade da pars tensa.
Na timpanosclerose em tímpano aberto, para além da perfuração que pode ter maiores ou menores dimensões, ser reniforme ou subtotal, a margem do tímpano é ocupada por uma ou mais placas calcárias de cor branca, ou branca amarelada. De assinalar que estas placas podem preencher por completo as margens timpânicas, estendendo-se até ao annulus, ao qual aderem. O orifício da perfuração, quando é de grandes dimensões, permite controlar o interior da caixa, onde são também muitas vezes visíveis placas de timpanosclerose geralmente ao nível do promontório e na região da janela oval, envolvendo a cadeia ossicular.
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